Fatores de risco cardiovascular independentes e combinados e sua relação com o índice de massa corporal de adolescentes.
Palavras-chave:
Adolescente, Sobrepeso, Obesidade, Fatores de risco de doenças cardíacasResumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a relação de fatores de risco cardiovascular com o índice de massa corporal (IMC) de adolescentes de 10 a 19 anos. Trata-se de um estudo transversal com 827 estudantes da rede pública de ensino. O cálculo do índice de massa corporal (IMC) foi realizado a partir da aferição de peso e altura. Os fatores de risco cardiovascular avaliados foram a relação cintura estatura (RCE), o perfil lipídico e a realização de desjejum. Com base nisso, criou-se uma avaliação combinada da saúde cardiovascular. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk, as correlações pelo coeficiente de Spearman e as diferenças de médias pelo teste de Mann-Whitney U e teste de Kruskal-Wallis com post-hoc de Dunn. O nível de significância foi de 5% (p < 0,05). Os resultados mostraram que o IMC mediano foi de 20 kg/m². Na avaliação combinada da saúde cardiovascular, 45,2% tinham médio risco e 22,9% alto risco cardiovascular. O desjejum era realizado regularmente por 56,4% dos adolescentes. Foram observadas correlações significativas positivas entre IMC, medidas de adiposidade central (RCE) e triglicerídeos, e correlação negativa com HDL-c. Assim, a não realização do desjejum, a RCE elevada e o perfil lipídico alterado estão relacionados com um IMC mais elevado nos adolescentes avaliados.
(IMC) de adolescentes de 10 a 19 anos. Trata-se de um estudo transversal com 827 estudantes da rede pública de
ensino. O cálculo do índice de massa corporal (IMC) foi realizado a partir da aferição de peso e altura. Os fatores
de risco cardiovascular avaliados foram a relação cintura estatura (RCE), o perfil lipídico e a realização de
desjejum. Com base nisso, criou-se uma avaliação combinada da saúde cardiovascular. A normalidade dos dados
foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk, as correlações pelo coeficiente de Spearman e as diferenças de médias
pelo teste de Mann-Whitney U e teste de Kruskal-Wallis com post-hoc de Dunn. O nível de significância foi de
5% (p < 0,05). Os resultados mostraram que o IMC mediano foi de 20 kg/m². Na avaliação combinada da saúde
cardiovascular, 45,2% tinham médio risco e 22,9% alto risco cardiovascular. O desjejum era realizado
regularmente por 56,4% dos adolescentes. Foram observadas correlações significativas positivas entre IMC,
medidas de adiposidade central (RCE) e triglicerídeos, e correlação negativa com HDL-c. Assim, a não
realização do desjejum, a RCE elevada e o perfil lipídico alterado estão relacionados com um IMC mais elevado
nos adolescentes avaliados.
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