Perfil epidemiológico da hipertensão arterial em uma população do Espírito Santo: uma análise de prevalência e fatores associados.
Palavras-chave:
Hipertensão Arterial Sistêmica, Prevalência, Fatores Associados, Autopercepção de Saúde, Inquérito DomiciliarResumo
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença de alta prevalência, especialmente em países de renda média e baixa, como o Brasil, representando um grande fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares. Este estudo teve como objetivo identificar a prevalência, fatores associados, tratamento e qualidade de vida dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica (HAS) durante a pandemia por Covid-19. Realizou-se um estudo transversal por meio de inquérito domiciliar no período de novembro a dezembro de 2021. A análise dos dados foi conduzida através da distribuição de frequências para as variáveis categóricas e do cálculo da média e do desvio padrão para as variáveis contínuas. Os fatores associados à ocorrência de HAS foram estimados por meio da regressão de Poisson com variância robusta. Foram entrevistados 697 indivíduos com idade média de 53 anos, em sua maioria do sexo feminino (72,9%). A prevalência de hipertensão relatada foi de 45%. Os fatores associados à ocorrência de HAS foram estar em polifarmácia, menor escolaridade, possuir múltiplas comorbidades, ser idoso, utilizar plantas medicinais e possuir renda de um a dois salários mínimos. Verifica-se a necessidade de um acompanhamento continuo dos pacientes com HAS, devido à natureza silenciosa da doença e aos seus fatores associados. Isso é fundamental pois esses pacientes podem estar expostos a riscos de interações medicamentosas e ao desafio de utilizar múltiplos medicamentos para a gestão da HAS e suas comorbidades.
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Epidemiologia, Qualidade de Vida, Inquéritos Epidemiológicos.
Downloads
Referências
APPEL, L. J. et al. Dietary Approaches to Prevent and treat Hypertension: A Scientific Statement from the American Heart Association. Hypertension. 2006;47(2):296–308.
BALESTRONI, G.; BERTOLOTTI, G. EuroQol-5D (EQ-5D): an instrument for measuring quality of life. Monaldi Archives for Chest Disease, v. 78, n. 3, 1 dez. 2015.
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol. 2021;116(3):516-658.
BAZONI, P. S., et al. Self-Medication during the COVID-19 Pandemic in Brazil: Findings and Implications to Promote the Rational Use of Medicines. International journal of environmental research and public health, 20(12), 6143.
BIERRENBACH, A. Steps in applying Probability Proportional to Size (PPS) and calculating Basic Probability Weights. World Health Organization, Geneva, Switzerland. 2008. Disponível em: <https://cdn.who.int/media/docs/default-source/hq-tuberculosis/global-task-force-on-tb-impact measurement/meetings/200803/p20_probability_proportional_to_size. pdf ?sfvrsn=51372782_3>. Acesso em: 03 fev. 2024.
BRASIL. Lei nº 10.439, de 26 de fevereiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10439.htm. Acesso em: 11 Fev. 2024.
CAREY, R. M. et al. Prevention and Control of Hypertension. Journal of the American College of Cardiology, v. 72, n. 11, p. 1278–1293, set. 2018.
CHARAN, J.; BISWAS, T. How to calculate sample size for different study designs in medical research? Indian J Psychol Med. 2013 Apr;35(2):121-6.
CORDEIRO, R. Efeito do desenho em amostragem de conglomerado para estimar a distribuição de ocupações entre trabalhadores. Revista de Saúde Pública. 2001 Feb;35(1):10–5.
COUTINHO, L. M.; SCAZUFCA, M.; MENEZES, P. R. Methods for estimating prevalence ratios in cross-sectional studies. Rev Saúde Pública, São Paulo, v. 42, n. 6, p. 992-8, dez. 2008.
CUNHA, C. L. P. Hipertensão Induzida pela Obesidade. Arquivos brasileiros de cardiologia, 2023 120(7), e20230391.
DAMAS, L. V. O., NASCIMENTO, M. A., SOBRINHO, C. L. N. Prevalência de hipertensão e fatores associados em usuários do Programa Saúde da Família de um município do Nordeste brasileiro. Rev Bras Hipertens vol. 23(2):39-46, 2016.
DA SILVA, A.M, et al. Use of medicinal plants during COVID-19 pandemic in Brazil. Scientific Reports 13, 16558 (2023).
FIÓRIO, C. E. et al. Prevalência de hipertensão arterial em adultos no município de São Paulo e fatores associados. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23, 2020.
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidade: Alegre. 2022. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/alegre/panorama. Acesso em: 15 jan. 2024.
LEE, I-MIN. et al. Effect of Physical Inactivity on Major non-communicable Diseases worldwide: an Analysis of Burden of Disease and Life Expectancy. The Lancet, v. 380, n. 9838, p. 219–229, 18 jul. 2012.
MACHADO, M. C., PIRES, C. G., LOBÃO, W. M. Concepções dos hipertensos sobre os fatores de risco para a doença. Rev Cienc Saúde Colet. 2012;17(5):1357-63.
MAGNABOSCO, P. et al. Prevalence and control of hypertension: comparison between urban and rural population. REME: Revista Mineira de Enfermagem, v. 21, 2017.
MALTA, D. C. et al. Prevalence of and factors associated with self-reported high blood pressure in Brazilian adults. Revista de Saúde Pública, v. 51, n. suppl 1, 2017.
MELO, P. E. D. Estudo sobre o uso de plantas medicinais para hipertensão arterial sistêmica por usuários de uma unidade básica de saúde de Vitória de Santo Antão – PE. Trabalho de Conclusão de Curso - Bacharelado em Saúde Coletiva - Universidade Federal de Pernambuco. 2017. Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/24109/1/M ELO %2 c%20 Palloma%20Emanuelle%20Dornelas%20de.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2024.
NASCENTE, F. M. N. et al. Hipertensão arterial e sua associação com índices antropométricos em adultos de uma cidade de pequeno porte do interior do Brasil. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 55, n. 6, p. 716–722, 2009.
NILSON, E. A. F. et al. Custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 44, p. 1, 10 abr. 2020.
OPAS. Dia Mundial da hipertensão 2020. Disponível em: <https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-da-hipertensao2020#:~:text=A%20hiperte ns%C3%A3o%20afeta%20mais%20de,insufici%C3%AAncia%20card%C3%ADaca%2C%20arritmia%20e%20dem%C3%AAncia> Acesso em: 10 de fev. 2024.
Painel de Indicadores – PNS. Disponível em: <https://www.pns.icict.fiocruz.br/painel-de-indicadores-mobile-desktop/>. Acesso em: 10 jan. 2024.
ROSÁRIO, T. M. DO et al. Prevalência, controle e tratamento da hipertensão arterial sistêmica em Nobres - MT. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 93, n. 6, p. 672–678, 1 dez. 2009.
REIS, R. C. P. D. et al. Evolution of diabetes in Brazil: prevalence data from the 2013 and 2019 Brazilian National Health Survey. Cad Saude Publica. 2022 May 6;38 Suppl 1(Suppl 1):e00149321.
RIBEIRO, A. C.; UEHARA, S. C. da S. André. Systemic arterial hypertension as a risk factor for the severe form of covid-19: scoping review. Revista de Saúde Pública. v. 56 , 20.
SANTOS, A. N. M. DOS . et al.. Cardiometabolic diseases and active aging - polypharmacy in control. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. 2, p. e20180324, 2020.
SECOLI, S. R.. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, n. 1, p. 136–140, jan. 2010.
SUN, H. et al. IDF Diabetes Atlas: Global, regional and country-level diabetes prevalence estimates for 2021 and projections for 2045. Diabetes Res Clin Pract. 2022 Jan;183:109119.
VIDAL, L.; DAMAS, O. Prevalência de hipertensão e fatores associados em usuários do Programa Saúde da Família de um município do Nordeste brasileiro. Rev Bras Hipertens, v. 23, n. 2, p. 39–46, 2016.
VIGITEL - Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde. Disponível em:<http://plataforma.saude.gov.br/vigitel/#:~:text=Sistema%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20de%20Fatores>. Acesso em: 15 jan. 2024.
VIGITEL. Vigitel Brasil 2023. Ministério da Saúde. Disponível em: . Acesso em: 10 de fev. 2024.
WANG, D. et al. “Clinical Characteristics of 138 Hospitalized Patients With 2019 Novel Coronavirus-Infected Pneumonia in Wuhan, China.” JAMA vol. 323,11 (2020): 1061-1069.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. How to investigate the use of medicines by consumers. University of Amsterdam. 2004. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/handle/10665/68840>. Acesso em: 28 jul. 2025.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO Expert Committee. Geneva: WHO; 2000. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/handle/10665/37003>. Acesso em: 28 jul. 2025.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ana Luísa Horsth, Ronaldo José Faria, Patrícia Silva Bazoni, Alciellen Mendes da Silva, Jéssica Barreto Ribeiro dos Santos, Michael Ruberson Ribeiro da Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).



