Práticas integrativas e complementares: fitoterapia e homeopatia no âmbito da atenção básica do SUS
Resumo
As práticas integrativas e complementares são um grupo de tratamentos alternativos que proporcionam benefícios aos usuários, como opção às terapias convencionais. São indicadas para tratar problemas de saúde físicos e psicológicos, desta forma, o paciente é plenamente amparado. Estas práticas foram inseridas no Sistema Único de Saúde no ano de 2006, otimizando a gama de tratamentos à população. Neste contexto, este trabalho teve o propósito de apresentar as práticas integrativas e complementares na atenção básica do Sistema Único de Saúde, com o intuito de expor as principais indicações e o conhecimento da população a respeito, com enfoque à fitoterapia e à homeopatia. No entanto, há obstáculos a serem enfrentados para que estes tratamentos sejam utilizados pela população, os quais são motivados pela falta de informação e de incentivos, visto que muitos profissionais da saúde, por preconceito ou desconhecimento, evitam estas práticas. Os principais resultados obtidos neste trabalho mostraram maior utilização da fitoterapia pelos brasileiros em comparação à homeopatia. Do total de usuários das práticas integrativas e complementares, a fitoterapia representa 8,3% dos usuários, enquanto a homeopatia apenas 1,3%. Dentre os medicamentos mais indicados pelos médicos para tratar variados distúrbios incluem-se Valleriana officinalis L., Passiflora sp., Ginkgobiloba L., Sulphur, Arsenicum album e Calcarea carbonica. A homeopatia e a fitoterapia no Sistema Único de Saúde agregam opções terapêuticas na atenção primária e se constituem em um estímulo à promoção da saúde, da autonomia e cuidado integrativo do paciente.
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