Aspectos econômicos e administrativos dos dois primeiros contratos dos diamantes do Serro do Frio (1740-1748)
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar as relações entre o Estado português da época moderna, especialmente ao longo da primeira metade do século XVIII, e o grupo de homens de negócios que dominou o comércio de grosso trato, incluindo os
contratos reais (dízimos, entradas para as Minas Gerais, diamantes, passagens de rios, sal, pesca da baleia, dízima da alfândega, entre outros). Os contratadores analisados foram figuras de grande destaque econômico, político e social em Portugal na primeira metade do Setecentos, particularmente
entre as décadas de 1730 e 1750, quando formaram uma rede de influências e de privilégios que possibilitou que arrematassem e participassem de alguns dos mais importantes e lucrativos contratos. Pelo prisma das relações com o Estado, nosso artigo
caminha para a direção de uma análise do Sistema Colonial, dando ênfase na relação Estado e homens de negócios. Dentro desta perspectiva, tivemos a oportunidade de perceber o quanto os contratadores foram importantes para a manutenção do Sistema Colonial. Essa importância fica realçada se levarmos
em conta que o Estado português estava em construção. Não podemos deixar de mencionar a dubiedade desta relação, marcada por profundas tensões e por desconfianças, apesar da necessidade que ambas as partes sentiam de mantê-la.
Palavras-chave: Contratadores, sistema colonial, diamantes.
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