Estratégias imunoterapêuticas no combate ao câncer: as vantagens da engenharia imunológica frente às terapias usuais

Autores

  • Samyra Aparecida Ferreira da Silva Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC). Juiz de Fora – MG, Brasil.
  • Giuliano Reder de Carvalho Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC). Juiz de Fora – MG, Brasil.
  • Soraia Chafia Naback de Moura Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC). Juiz de Fora – MG, Brasil.
  • Aline Corrêa Ribeiro Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC). Juiz de Fora – MG, Brasil.

Resumo

As estratégias disponíveis para o combate ao câncer possuem diversas limitações clínicas, sendo a mais relevante a falta de especificidade antitumoral, no qual tecido saudável também é prejudicado ocasionando efeitos adversos. Este trabalho objetivou abordar aspectos inerentes à imunoterapia, enfatizando sua versatilidade e vantagens em comparação às terapias comuns. A versatilidade e especificidade da imunoterapia são comprovadas através de estudos com anticorpos monoclonais, células dendríticas, vacinas de DNA, transferência adotiva de células, terapia gênica com receptores quiméricos de antígeno, sendo este, talvez, a estratégia imunoterapêutica mais promissora no tratamento de malignidades hematológicas, despertando o interesse de inúmeros cientistas.

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Publicado

28-10-2019

Como Citar

Silva, S. A. F. da, Carvalho, G. R. de, Moura, S. C. N. de, & Ribeiro, A. C. (2019). Estratégias imunoterapêuticas no combate ao câncer: as vantagens da engenharia imunológica frente às terapias usuais. REVISTA CIENTÍFICA DA FAMINAS, 14(1). Recuperado de https://periodicos.faminas.edu.br/index.php/RCFaminas/article/view/406